terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Prólogo

Houve um dia em que humanos, elfos e anões viviam em considerável harmonia. As três raças mais influentes de seu tempo evitavam, a todo custo, uma guerra, pois sabiam que se travassem um armistício ficariam enfraquecidos e logo, hordas de goblinóides atacariam a sociedade livre sem piedade.
Num passado perdido nas memórias dos que ainda respiram, ocorreu a maior batalha de todos os tempos. Os humanos que conseguiram sobreviver à muito já não vivem. Os elfos foram proibidos de contar. Os poucos anões que restaram desapareceram nas profundezas. Foi a pouco tempo. Ninguém se lembra.




Diz-se que um louco, decidiu travar uma batalha entre as três raças. E covardemente exterminou os Anões e Humanos. Liderando o maior exército Élfico de todas as eras devastou cidades humanas e cidadelas anões. Num ato vil de traição e cobiça uniu-se aos Drows do submundo e outras sub-raças élficas, liderou 175 mil elfos que marcharam contra a humanidade. Dragões e Wyverns uniram-se ao lado do insano líder élfico e as mais terríveis bestas foram usadas como armas. Nunca o solo havia sorvido tamanha quantidade de sangue. Os humanos e anões que caiam em batalha passavam pouco tempo tocando o solo, voltando em seguida como horríveis legiões de mortos vivos, controladas pelo exército élfico. 




Pouco se sabe sobre os resultados dessa batalha. Humanos e Elfos assinaram uma trégua. Os anões, quase exterminados, sentiram-se duplamente traídos e nunca mais foram vistos novamente. Geração após geração está história foi sido esquecida. Alguns dizem que algum efeito mágico foi responsável por tal esquecimento coletivo. Outros atribuem tal fato ao sentimento de vergonha. Ninguém sabe o que ocorreu realmente. Os registros da época foram todos queimados. Quem ousasse lembrar desse período desaparecia ou sofria algum tipo de inexplicável acidente. A lei do silêncio perdurou por mais de 150 anos.
Algumas lendas, há muito esquecidas, dizem que um dia a verdade será revelada.
Eu mesmo. Que lá estive. Que dela participei. Não consigo me recordar de nada. Parece que aqueles vinte anos foram apagados de todas as mentes. Hoje, escondido em meu eterno exílio, estudo profundamente, procurando as respostas para as demasiadas perguntas. Somente mais perguntas aparecem em meus pensamentos. Preciso entender o motivo de meu exílio e uma forma de sair daqui. Minhas mãos ardem com a simples tentativa de utilizar a arte neste plano estéril. Minhas preces não foram ouvidas, não consigo envelhecer. E o dom da morte me foi retirado. Pelos deuses, por diversas vezes, eu tentei. Continuarei aqui. Pensando e escrevendo. Um dia alguém lerá isso. Nesse dia a verdade será conhecida.

Retirado do Livro profético de Sumadart Son
Suposto diário de Elminster Aumar.

14 de Marpenoth 1542 do Cômputo de Cormyr

Um comentário:

  1. Bela história, vou encontrar esse cara e apresentar a ele meus punhos, assim que eu me tornar um caveira mostrarei a ele que há sempre uma maneira de morrer!
    -Asura Kishin-

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